Gaúchos: força e resiliência, a marca de um povo diante da adversidade – A solidariedade que renova o estado do Rio Grande do Sul

Reflexão: Eliane Kilian da Silva

As chuvas torrenciais e as enchentes no Rio Grande do Sul podem desencadear uma crise sem precedentes que poderá se estender por um longo período. A tristeza pelas vidas ceifadas e a destruição de moradias, plantações e infraestruturas trouxeram incertezas sobre o futuro do estado.

A agricultura e a pecuária, pilares da economia, foram severamente afetadas, comprometendo a colheita de alimentos e a produção de carne, podendo levar à escassez dos produtos e ao aumento dos preços. A saúde pública também está em risco: as águas estagnadas favorecem a proliferação do mosquito Aedes aegypti que causa a dengue, também a febre chikungunya, por causa do vírus CHIKV transmitido pela fêmea dessa espécie; ainda a contaminação das águas pode provocar a leptospirose.

Apesar desses desafios e as autoridades sobrecarregadas pela magnitude da catástrofe, são os civis que, em sua maioria, estão agindo por conta própria, trabalhando, incansavelmente, para prestarem socorro às vítimas. O povo gaúcho, forte e resiliente, unido se esforça para reconstruir o que foi destruído e uma onda de solidariedade vinda de todo o país está presente no RS.

Cada gesto de ajuda, cada doação e cada palavra de apoio demonstrando a empatia dos voluntários são fundamentais para a reconstrução do que foi perdido, para proteger vidas, restaurar a esperança e a confiança em dias melhores. A fé em Deus tem sido uma fonte de força, como uma âncora num porto seguro, inspirando atos solidários e de amor ao próximo. Povo hospitaleiro amigo e fraterno, os gaúchos são muito gratos por toda ajuda recebida.

A tragédia no RS é um alerta para a necessidade de ações contínuas e para a criação de políticas mais eficazes de prevenção e de respostas aos desastres naturais, bem como de fiscalizações mais intensivas contra a degradação ambiental.