A partir de 2025, Santa Maria, no coração do estado do Rio Grande do Sul, se tornará uma das primeiras cidades do Brasil a abrir as suas portas para o alistamento militar feminino.
Mulheres que completarem 18 anos no ano de 2025 poderão se inscrever, voluntariamente, para ingressar nas Forças Armadas Brasileiras, marcando uma iniciativa pioneira no país.
Um passo adiante na igualdade. Até hoje, as mulheres entravam nas Forças Armadas apenas por meio de concursos públicos específicos ou em posições temporárias. Agora, elas terão a oportunidade de vivenciar o serviço militar inicial, ao lado de seus colegas homens, nos mesmos moldes tradicionais.
De acordo com o Ministério da Defesa, cerca de 1,5 mil vagas serão distribuídas entre Marinha, Exército e Aeronáutica, com 28 cidades brasileiras incluídas no projeto. Em Santa Maria, as inscrições poderão ser realizadas de 1º de janeiro a 30 de junho, tanto online quanto na Junta do Serviço Militar local, sendo:
155 vagas para a Marinha,
1.010 vagas para o Exército, e
300 vagas para a Aeronáutica.
Critérios de seleção Para participar, as interessadas precisam ser residentes em um dos municípios contemplados e completar 18 anos em 2025. Durante o processo seletivo, as candidatas passarão por entrevistas, exames médicos e testes físicos. A escolha da Força – Marinha, Exército ou Aeronáutica – dependerá das aptidões individuais e da disponibilidade de vagas.
Em Santa Maria, o Colégio Militar, o Hospital Militar e a Base Administrativa serão as primeiras instituições a receberem mulheres recrutadas.
O que esperar do serviço militar feminino As participantes atuarão como marinheiras-recrutas na Marinha, soldados no Exército ou soldados de segunda-classe na Força Aérea, com um período inicial de 12 meses de serviço, prorrogável anualmente por até oito anos. Durante esse período, ela788s terão acesso a benefícios como remuneração, licença-maternidade e contagem de tempo para aposentadoria.
Um olhar sobre o histórico feminino nas Forças Armadas Embora o ingresso de mulheres nas Forças Armadas não seja novidade, a possibilidade de alistamento voluntário é um avanço significativo. A trajetória feminina começou em 1823, com Maria Quitéria, e ganhou força durante a Segunda Guerra Mundial. Atualmente, elas representam cerca de 10% do efetivo nacional, atuando principalmente em áreas como saúde e logística.
Repercussão em Santa Maria Santa Maria, reconhecida como um polo militar, já conta com um histórico significativo de mulheres em suas instituições militares. Agora, com a possibilidade de alistamento, espera-se que mais santa-marienses abracem essa oportunidade, fortalecendo a presença feminina em uma área tradicionalmente masculina.
O pioneirismo deste projeto reforça o compromisso das Forças Armadas com a inclusão e a igualdade de gênero, criando um precedente que poderá inspirar mudanças ainda mais amplas no futuro.
Cidades com vagas
Em 2025, serão oferecidas vagas para mulheres residentes nos seguintes municípios brasileiros:
Águas Lindas de Goiás (GO)
Belém (PA)
Belo Horizonte (MG)
Brasília (DF)
Campo Grande (MS)
Canoas (RS)
Cidade Ocidental (GO)
Corumbá (MS)
Curitiba (PR)
Florianópolis (SC)
Formosa (GO)
Fortaleza (CE)
Guaratinguetá (SP)
Juiz de Fora (MG)
Ladário (MS)
Lagoa Santa (MG)
Luziânia (GO)
Manaus (AM)
Novo Gama (GO)
Pirassununga (SP)
Planaltina (GO)
Porto Alegre (RS)
Recife (PE)
Rio de Janeiro (RJ)
Salvador (BA)
Santa Maria (RS)
Santo Antônio do Descoberto (GO)
São Paulo (SP)
Valparaíso de Goiás (GO)
Fonte: Departamento Geral do Pesssoal (DGP) do Exército Brasileiro