Mãe: palavra que embala o mundo

Mãe…
Não é só quem gera,
é quem se doa, se estilhaça e se refaz.
É quem ouve o choro antes que ele aconteça,
é quem ora baixinho enquanto tudo desmorona
e segue em pé…
E com a alma remendada de amor.

Mãe é ponte, é porto,
é o milagre que anda de avental,
que segura o cansaço com uma mão
e afaga com a outra.

Ela entende os silêncios,
traduz os olhares,
lê corações sem dicionário.

É a guerreira que vence batalhas invisíveis
todos os dias,
sem medalha, sem aplauso…
Mas com fé.

Mãe é a casa onde a vida começa
e a saudade nunca termina.
É a voz que ecoa mesmo no silêncio,
é o cheiro que mora na lembrança,
é o abraço que cura feridas
que o mundo nem vê.

Neste Dia das Mães,
abraço todas: as que têm filhos nos braços,
as que ainda esperam seu filho no ventre
e já os amam com toda a alma,
as que sonham com esse amor
como quem espera primavera.

As que criam com coragem,
as que choram caladas,
as que sorriem por dentro,
as que cuidam, mesmo cansadas,
as que são mães do coração.

E às mães que estão no céu…
Que um dia nos embalaram no colo
e hoje nos embalam na saudade.
Mães que deixaram sua ternura impressa
em nossas memórias e gestos.
Que continuam sendo amor,
mesmo na ausência.
Que nos visitam em brisas suaves,
em sonhos silenciosos,
no cheiro de café,
no jeito que herdamos de sorrir.

Elas não se foram…
Apenas se tornaram eternas
num lugar onde o tempo não leva
e o amor nunca termina.

A todas vocês,
que são pedaço de Deus no chão
ou nas estrelas,
meu verso, minha lágrima,
a minha eterna gratidão!

Eliane Kilian da Silva