Negligência e tragédia: caminhoneiro e proprietário são denunciados por morte de jovens remadores em acidente envolvendo caminhão e van
O Ministério Público do Paraná (MPPR) apresentou, em 18/11, denúncia contra o motorista e o proprietário de um caminhão envolvido no acidente ocorrido em 20/10 na BR-376, em Guaratuba, litoral paranaense.
A tragédia causou a morte de nove pessoas, entre elas sete atletas de uma equipe de remo de Pelotas (RS), além de lesão corporal no único sobrevivente, um jovem de 17 anos.
O acidente abalou o país pela dimensão da perda. As vítimas fatais faziam parte do projeto social “Remar para o Futuro”, que incentivava jovens carentes na prática esportiva. Também estavam entre as vítimas o coordenador técnico da equipe e o motorista da van.
– Foi uma perda irreparável. Eles tinham sonhos e uma trajetória promissora – lamentou um parente de uma das vítimas.
Imprudência e Falhas Mecânicas
De acordo com a denúncia, o motorista do caminhão conduzia de forma negligente, em alta velocidade, em um trecho de serra que exige extremo cuidado. Além disso, não demonstrou a habilidade necessária para controlar o veículo. Já o proprietário do caminhão foi acusado de descaso, pois não realizou a manutenção adequada dos freios, considerados críticos pela perícia técnica.
No momento do acidente, o caminhão transportava 24 toneladas de peças automotivas. Em uma descida íngreme, o condutor perdeu o controle do veículo, que atingiu a van em que viajavam as vítimas. A colisão levou ao tombamento do caminhão sobre a van, causando mortes instantâneas.
Reparação e Justiça
Além das acusações de homicídio culposo e lesão corporal culposa, o MPPR solicitou a fixação de valores reparatórios para o sobrevivente e os familiares das vítimas. O caso, que evidencia tanto erros humanos quanto falhas mecânicas, reacendeu o debate sobre a fiscalização de veículos de carga em condições precárias e a formação de motoristas para dirigir em vias perigosas.
– Que essa denúncia sirva de alerta para a necessidade de mais responsabilidade nas estradas – afirmou o promotor responsável pelo caso.
Agora, o processo segue para análise da Justiça, enquanto as famílias das vítimas continuam em busca de respostas e medidas que possam evitar que tragédias semelhantes voltem a ocorrer.
Fonte: Notícias RS – Jornalista Fernando Kopper.
Texto adaptado por: Eliane Kilian da Silva – Jornal A Fonte