Chama Crioula: homenageando Pedro Ortaça e honrando o centenário de Jayme Caetano Braun nos Festejos Farroupilhas de 2024

Em meio às vastas planícies e aos campos verdejantes do Rio Grande do Sul, a Distribuição da Chama Crioula é mais do que um simples evento; é uma celebração enraizada nas tradições e na alma gaúcha. Este ano, Alegrete/RS tem a honra de sediar esta cerimônia significativa, onde a chama ardente não só simboliza a coragem, a esperança e a resiliência, mas também a paixão do povo gaúcho por suas raízes profundamente enraizadas.

A Comissão Estadual dos Festejos Farroupilhas segue a preparação para as festividades de 2024. Neste ano, o acendimento da Chama Crioula será realizado em Alegrete/RS, nas data de 16 a 18 de agosto. O nome do cantor, compositor e violonista Pedro Ortaça foi escolhido para ser o patrono dos festejos deste ano. O encontro aconteceu no Galpão Crioulo do Palácio Piratini e contou com a presença de representantes das 20 entidades parceiras que, conforme o decreto estadual 57.349/2023, compõem a Comissão.

Pedro Marques Ortaça nasceu em 29 de junho de 1942, em São Luiz Gonzaga/RS, um dos locais dos Sete Povos das Missões. É cantor, compositor e violonista de música nativista. Foi eleito personalidade do século em São Luiz Gonzaga e é conhecido como um dos Quatro Troncos Missioneiros, junto com Jayme Caetano Braun, Noel Guarani e Cenair Maicá. Em 2006, foi agraciado com o Prêmio Vitor Mateus Teixeira, entregue pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. Em 2009, lançou o DVD “Pedro Ortaça”, gravado em São Miguel das Missões, São Borja, São Luiz Gonzaga e Santo Ângelo. É Mestre das Culturas Populares Brasileiras – Prêmio Humberto Maracanã, do Ministério da Cultura, e tem mais de 120 músicas de sua autoria, consagrando-se como um dos principais baluartes da cultura gaúcha.

Além disso, os Festejos Farroupilhas de 2024 prestam uma homenagem especial ao “Centenário de Jayme Caetano Braun”, cuja relevância cultural e intelectual é reconhecida pela Secretaria da Cultura (Sedac), oficializada pelo decreto estadual 57.354/223. Durante sua notável carreira, o artista compôs diversas payadas, poemas e canções, sempre destacando o Rio Grande do Sul, a vida campeira, os modos, saberes e práticas do sul gaúcho e do gaúcho sul-rio-grandense, bem como a natureza peculiar da região missioneira do Estado. Trata-se de um artista de suma relevância, cujo legado contribui para o fortalecimento e promoção da cultura e das tradições gaúchas.

Assim, entre mateadas compartilhadas e versos declamados ao som das cordas de um violão, o Rio Grande do Sul celebra sua história e sua cultura com a força de um legado que jamais se apagará, pois está escrito nas estrelas e nos corações dos gaúchos.