O Candeeiro da Canção Nativa acontece em Restinga Sêca e Thais Chaves, Diretora de Cultura e Turismo fala sobre o evento

Os apreciadores da música nativista já podem comemorar, pois o Candeeiro da Canção Nativa, de Restinga Sêca / RS, foi retomado, trazendo consigo um evento marcante que celebra a cultura e as tradições do Rio Grande do Sul através da música, poesia e interpretação.

Conversamos com Thais Danzmann Chaves, Diretora de Cultura e Turismo de Restinga Sêca que nos traz uma visão abrangente e exclusiva sobre as expectativas para a 11ª edição do festival Candeeiro da Canção Nativa, uma celebração da alma e da tradição do povo gaúcho.  “O festival ocorrerá nos dias 05 e 06 de abril de 2024, sexta-feira e sábado, no Centro Municipal de Eventos em Restinga Sêca/RS. O horário será 19h 30 min em ambos os dias. No sábado, dia 06/04 acontecerá, no início do evento, a premiação do 1ª Candeeiro Literário, de Restinga Sêca.

A entrada para o evento será solidária, sendo solicitada a doação de 01 kg de alimento. Os ingressos podem ser retirados no local nos dias do evento.

O projeto da 11ª edição do Candeeiro da Canção Nativa é financiado pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul – Secretaria da Cultura – Pró-cultura/RS LIC., promovido pela Prefeitura Municipal e em parceria com a Associação Restinguense de Preservação Cultural, o festival conta com o apoio da Secretaria Municipal de Indústria, Comércio, Turismo, Cultura, Desporto e Lazer, além da produção cultural da Jesproart – Produções Artísticas, empresa de São Sepé/RS. Ainda, tem o patrocínio das empresas Celetro e Cotrisel.

Dentre as 540 músicas inscritas, classificaram-se 16 composições que se apresentarão no palco do Centro de Eventos, das quais 12 serão classificadas para a grande noite final.

1. ALMA DE TAPEJARA (Rodrigo Bauer/Matheus Alves/Gabriel Selvage)

2. À MEIA-LUZ DO CANDEEIRO (Carlos Eduardo Nunes/Juliano Moreno)

3. CONTRADANÇA (Arabi Rodrigues/José Luiz dos Santos/Marcio Correia)

4. DO RINÇÃO AO MEU CANTO (Juliano Santos/Nilton Ferreira)

5. ESPELHO MOÇO (Gujo Teixeira/Evandro Zamberlan)

6. FLOR SINGELA (Pedro Freitas Flores)

7. MILONGA TROPEIRA (Hermes Lopes/Marcio Correia)

8. NAS QUINCHAS DA ALMA (Mateus Brum Huppes/Volmir Coelho)

9. NOITE A DENTRO (André Oliveira/Diego Vivian)

10. NO SILÊNCIO DOS RETRATOS (Adão Quevedo/Tuny Brum)

11. O GURI DO POSTO (Hermes Lopes/Sebastião Teixeira Correia/Juliano Moreno

12. O MEU CAMARADA (Marco Antônio Nunes/Halber Lopes)

13. PALA PAMPA (Douglas Diehl Dias/Matheus Bica)

14. POR ENTRE O VÃO DAS ORELHAS (Getúlio Santana Silva/Cicero Fontoura)

15. SOVÉU (Mario Lucas/ Diego Vivian)

16. UM LUGAR NOS OLHOS (Jackson Guanaco de Ley/Regis França dos Reis

O júri é formado por músicos consagrados em festivais pelo Rio Grande do Sul como: Daniel Morales, Rogério Villagran, Nelcy Vargas, Daniel Busch e Jone André e Jaime Brum Carlos que fazem parte desta Comissão.

Na programação da primeira noite, estão previstas apresentações musicais de Anelise Severo e Elton Saldanha, enquanto o encerramento do festival será marcado pelo show de Nilton Ferreira e Grupo.

O histórico do Candeeiro da Cançao Nativa restinguense é extenso, porém, Thais fez um breve relato.

Em 1988, nasce a ideia do Festival Candeeiro da Canção Nativa em Restinga Sêca, impulsionada pelo fervor do cancioneiro nativista no Estado do RS. A primeira edição foi marcada pelo sucesso, coroando “Peleadora de Madrugadas” como vencedora. No ano seguinte, o festival firmou-se com “Tordilhas”.

Em 1990, “Alma do Poço” brilhou, evidenciando a diversidade musical. A quarta edição consolidou o Candeeiro entre os grandes eventos do Rio Grande do Sul, destacando “Estações de Mim”. Após uma pausa de sete anos, o festival retornou em 1997, adotando formatos mais profissionais. “Senhor das Manhãs de Maio” ganhou destaque. Em 1998, “Beirando o Rio” conquistou o troféu.

O festival prosseguiu em 1999 com “A Coragem”. Em 2000, adotou um júri popular, premiando “Candeeiro da Alma”. Após outra pausa, retornou em 2008, reconhecendo “Essência e Verdade”. O 10º Candeeiro, em 2014, celebrou a música nativista com “Quando o Campo Inspira o Canto”.

O Candeeiro da Canção Nativa desempenha um papel fundamental na promoção e na preservação da cultura gaúcha, servindo como um importante meio para celebrar e preservar as tradições culturais do Rio Grande do Sul, incentivando a continuidade da música nativista e da poesia gaúcha. Este festival não apenas oferece uma base para artistas locais e regionais compartilharem seus talentos, também funciona como um espaço de encontro e intercâmbio cultural, onde diferentes gerações podem se encontrar, compartilhar e comemorar sua identidade cultural comum.

Ao longo dos anos, o Candeeiro tem contribuído para fortalecer a identidade cultural local em Restinga Sêca de várias maneiras. Primeiramente, o festival se tornou uma parte integrante do calendário cultural da cidade, proporcionando uma oportunidade para os habitantes locais se orgulharem de sua herança cultural e compartilharem essa riqueza com visitantes de outras regiões. Embora, tenha ficado sem acontecer por algum tempo, ele retomou seu lugar como um relevante espetáculo que pode ter repercussão positiva em esfera municipal, estadual, nacional e até mesmo nacional.

Através das apresentações realizadas durante o festival, as formas artísticas tradicionais são valorizadas e transmitidas para as gerações futuras, garantindo que não sejam esquecidas ou negligenciadas.

O festival impulsiona a promoção do turismo cultural em Restinga Sêca, atraindo visitantes de outras partes do estado e de fora dele. Isso não só contribui para a economia local, mas também para a divulgação da cultura gaúcha em âmbito nacional e internacional” declara a Diretora de Cultura e Turismo que agradece pela oportunidade de relatar um pouco do que é este evento para a cidade de Restinga Sêca, seu povo e para o estado do Rio Grande do Sul!